Brilhantes por Natureza

No cinema, é comum vermos animais que acendem como num passe de mágica. A verdade é que eles foram inspirados em criaturas reais, vindas da natureza. Esse fenômeno é chamado de bioluminescência (a palavra vem do grego Bios, que quer dizer vida, e do latim Lumem, que significa luz) e envolve todas as espécies capazes de produzir a própria luz.
Isso acontece por causa de uma reação química que transforma a energia do corpo em luz. Em cada espécie, a reação acontece de uma forma e até hoje os cientistas não descobriram como é o processo.
Grande parte das criaturas brilhantes são marinhas, mas também existem fungos, bactérias e insetos luminosos.

Vaga-Lume
Também chamados de pirilampos, são os primeiros a serem lembrados quando o assunto é produção natural de luz. Os machos adoram fazer acrobacias no ar e dão um show com sua “lanterninha” no escuro.
As fêmeas vivem pelo chão, e, para compensar a falta de asas, usam a luz para avisar os machos que estão a fim de namorar.
Essa comunicação sempre deu certo, até as cidades ganharem um monte de postes com iluminação artificial. Daí começou a ficar difícil para os vaga-lumes “conversarem” entre si, diminuindo a reprodução. Por causa disso, a espécie está ameaçada de extinção.

Água-Viva
A espécie que brilha no escuro e não é das mais perigosas, mas pode causar queimaduras dolorosas na pele dos humanos. Como prefere águas quentes, costuma aparecer nas praias durante o verão. Como quase 100% do seu corpo é formado por água, ela fica transparente quando vista no fundo do mar.
As águas-vivas são tão preguiçosas que só se locomovem quando se sentem ameaçadas. Uma boa tática de defesa delas é iluminar o inimigo, assim, ele será visto e atacado por peixes maiores.
Por causa do poderoso veneno, são uma verdadeira ameaça para os moradores do fundo do mar e botam tanto medo no pessoal que poucos se atrevem a atacá-las.

Fonte: Revista Recreio nº 180
Colaboradora: Adriane C. A B. - 12 anos